e o modo ainda me ofende
amor que é amado
em algum amar em perdoar
tomou-me por querer
e por força
que como vé ainda me agrilhoá
o amor me conduziu
a uma só morte
resumindo minha sorte
minha alma se atormenta
baixei meu rosto
quedo-me olho em meu guia
me pergunto
o que tenho no pensamento
a resposta esta em mim
ah que ironia
quanto desejo
quão ledo pensar
ao doloroso passo me leva
e em suspiros no momento
com que me foi concedido o amor
o segredo do desejo
e o entendimento
mais não conheço nada desde a raiz
e o meu amor demonstra
enorme anseio
tal qual da lembrança de um tempo feliz
e eu conto
como quem chora e diz
sou só e sem qualquer receio
olho a olho
e junto meu rosto desmaiado
mais um só ponto me vence
um sorriso não desejado
de uma perfeita amante
de um beijo que nunca será apartado
desse dia nada mais li adiante
em meu amargor
choro em alma
e como quem se esvai
em morte
eu me esvaí de pena e dor
e caí como um corpo morto cai.
Nunca estivemos juntos
e nunca estaremos,
nem no inferno nem no paraíso
nunca serei condenado
nem salvo
eu não morri
e não vivi.
E foi assim que tudo acabou.
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