terça-feira, 7 de setembro de 2010

Se Soubesse que iria morrer


Amor na alma gentil apreende
 
e o modo ainda me ofende
amor que é amado
em algum amar em perdoar
tomou-me por querer
e por força
que como vé ainda me agrilhoá
o amor me conduziu
a uma só morte
resumindo minha sorte
minha alma se atormenta
baixei meu rosto
quedo-me olho em meu guia
me pergunto
o que tenho no pensamento
a resposta esta em mim

  ah que ironia
  quanto desejo
  quão ledo pensar
  ao doloroso passo me leva
  e em suspiros no momento
  com que me foi concedido o amor
  o segredo do desejo
  e o entendimento
  mais não conheço nada desde a raiz
  e o meu amor demonstra
  enorme anseio
  tal qual da lembrança de um tempo feliz
  e eu conto
  como quem chora e diz
  sou só e sem qualquer receio
  olho a olho
  e junto meu rosto desmaiado
  mais um só ponto me vence
  um sorriso não desejado
  de uma perfeita amante
  de um beijo que nunca será apartado
  desse dia nada mais li adiante
  em meu amargor
  choro em alma
  e como quem se esvai
  em morte
  eu me esvaí de pena e dor
  e caí como um corpo morto cai.
  Nunca estivemos juntos
  e nunca estaremos,
  nem no inferno nem no paraíso
  nunca serei condenado
  nem salvo
  eu não morri
  e não vivi.
  E foi assim que tudo acabou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário